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No topo da vila, com uma vista única sobre a paisagem que o rodeia, o Castelo de Ourém é local obrigatório de visita. Estrategicamente situado no centro país e numa região de grande diversidade de recursos naturais, o Castelo de Ourém assume uma forma imponente, sendo por isso considerado um dos mais belos castelos de Portugal.

Edificado entre os séculos XII e XIII, as muralhas do castelo original são rasgadas com a edificação do Paço do Conde, no século XV, e, com o terramoto de 1755, este imóvel imponente ficou amplamente destruído.

A Praia da Vagueira é a praia mais popular de toda a região. Com um areal extenso, o mar batido, ao gosto dos surfistas e o paredão que convida a longos passeios com vista para o mar, é pela pesca com Arte Xávega que esta praia se distingue de todas as outras.

A Praia de Mira é conhecida por sua praia extensa de areia fina e ondulação forte, atrativa para surfistas, rodeada por dunas e pinhais, além da Lagoa da Barrinha, que atrai praticantes de vela, canoa e windsurf.

Os palheiros da Costa Nova são famosas e castiças casas de riscas existentes na praia com o mesmo nome, originalmente em tons de vermelho ocre e preto, utilizados como antigos armazéns de alfaias da pesca.

Até inícios do século XIX a Costa Nova era um extenso areal desabitado mas, após a fixação da Barra do Porto de Aveiro, os pescadores das campanhas piscatórias de Ílhavo mudaram-se para a Costa Nova e começaram a construir “palheiros” para guardarem as redes e outros materiais associados à pesca.

O Museu Etnográfico vulgarmente chamado de Palheiro, foi esta a construção local, tipicamente popular, que caracterizou a localidade até aos anos 60, que então se designava por Palheiros de Mira.

Através da sua visita é possível viajar no tempo e conhecer o passado, reconhecendo desde nuances do património arquitectónico à pesca das Artes, abordando o modo de vida e o relacionamento da população, tudo isto através de mobiliário, trajes, instrumentos utilizados na pesca e alfaias agrícolas.

Na Praia da Vagueira pode-se assistir, ainda hoje, à arte de pesca costeira artesanal conhecida como a Arte Xávega, que remonta ao século XIX.

De barco, os pescadores lançam as redes ao mar e cercam os cardumes. Posteriormente, alam a rede para a costa, com a ajuda de juntas de bois. Nesta altura, homens e mulheres, colaboram na azáfama de estender a rede pelo areal e dela arrancar todo o peixe que insiste em voltar para o mar.

No dizer do poeta: “Que belo e estranho país é este em que os bois lavram o mar”; Raúl Brandão